A polícia prendeu, neste domingo (10), um comerciante de 31 anos suspeito de ter assassinado e incendiado o corpo do amigo da esposa em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O crime teria ocorrido em setembro do ano passado, após uma discussão entre eles em um bar. 

Segundo a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), o eletricista Daniel Almeida Rocha, de 39 anos, o empresário Hugo Moura Costa e suas esposas estavam bebendo em um bar na Comunidade do Arsenal, em São Gonçalo, quando os homens começaram a discutir. Após a briga, as esposas foram ao banheiro e, conforme as investigações, Hugo teria forçado Daniel a entrar em um carro e saíram do local juntos.

Uma semana depois, o corpo de Daniel foi encontrado no bairro de Ipiíba, em São Gonçalo, apresentando sinais de carbonização e marcas de disparos. A família fez o reconhecimento através de características pessoais.

Os investigadores da DHNSG pretendem reconstruir o trajeto e indicam que Hugo é o principal suspeito do assassinato. Ele foi capturado neste domingo no bairro Colubandê, também em São Gonçalo.

Investigação por outros homicídios  

Ainda segundo a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, Hugo foi acusado de envolvimento no sequestro e homicídio do vendedor Júlio César Narciso, ocorrido em abril do ano passado. Assim como Daniel, o corpo de Júlio César foi encontrado carbonizado.

De acordo com as apurações, após uma briga entre os dois, Júlio foi sequestrado em Maricá, na Região Metropolitana, e depois Hugo e outros homens o mataram e incendiaram seu corpo. O corpo de Júlio foi achado em São Gonçalo, e seu carro foi localizado queimado em Maricá.

As investigações também revelaram que o grupo teria feito saques da conta de Júlio César, transferindo o valor via PIX para Hugo. Ele responde nesse caso por homicídio e extorsão mediante sequestro com resultado morte.

O delegado Pedro Henrique Coutinho, da DHNSG, informou que Hugo Moura também é suspeito de envolvimento em assaltos a residências em Maricá e do homicídio de dois comparsas em Cachoeira de Macacu, em 2024, onde o grupo estaria cometendo roubos a domicílios. Ele será indiciado por homicídio.