Fátima, Ezequiel e Walter?
O primeiro passo para uma estratégia política pode ter sido dado na eleição para o segundo biênio da presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Estamos falando especificamente da eleição do deputado Ezequiel Ferreira (PSDB).
Isso tudo passa por algumas decisões. A primeira delas é se Fátima Bezerra (PT) vai renunciar ao governo para se candidatar ao senado ou a câmara federal. A governadora vem amargando desastrosos índices de desaprovação administrativa e a curto prazo, fora empréstimos do Banco Mundial ou algo que o valha, o dinheiro do governo é só para pagar servidor. Diante disso, Fátima, pode não renunciar.
A segunda decisão é referente ao vice-governador Walter Alves (MDB). O filho de Garibaldi em um momento que a coisa apertou, preferiu lançar o pai candidato a deputado federal do que enfrentar, ele mesmo, a tentativa de uma reeleição. Walter nunca disputou uma eleição majoritária e sempre conseguiu se eleger alicerçado na esteira do pai. A outra possibilidade para o emedebista é o Tribunal de contas. Caso Paulo Roberto, seu tio, renuncie antes de completar os 75 anos compulsórios, Walter teria que ser indicado pela Assembleia Legislativa, administrada pelo parceiro Ezequiel Ferreira. Com isso, Walter iria para o TCE, sem “disputar” efetivamente o cargo e Ezequiel poderia concorrer ao governo, com a caneta na mão. Claro, isso tudo teria que ser combinado com os “russos” – no caso de Walter - e com Fátima, renunciando ao governo.
Existe uma outra pergunta que também deve ser feita: Natalia Bonavides, alicerçada pelo bom desempenho em Natal, não estaria impelida a enfrentar a disputa para o governo? Fontes da governadoria dão conta que tanto ela quanto o deputado federal Mineiro estão “chateados” com o vice-governador.
Existem dois filósofos que encampam essa situação. O primeiro é Sêneca que dizia que “o tempo revela a verdade”. O segundo é Schopenhauer que afirmava que “toda verdade passa por três estágios: primeiro, é ridicularizada. Segundo, é violentamente combatida. Terceiro, é aceita como evidência por si mesma”. Escolha uma e termine o artigo.